sexta-feira, 2 de novembro de 2007


......Então o silêncio. Absoluto! O despencar implacável na crueldade das palavras. Na zona proibida. No retrato de mim mesma. No fascínio do horror. Desmoronamento do tempo. Não saber memórias. Queimando – a febre. Delírio e pânico. No instantâneo do acontecer. O virar-me ao contrário, para encurralar-me em mim mesma. Esperado desassossego! A febre destilando os combates. As dores. Que não faltaram. Muito antes de apodrecer, uma idéia já me vencia. Foram muitas. O trabalho as matava. Desses que marcam ponto. Tatuam presenças. Amargam as paixões. Fixam amantes. Medrosos. Asseados. Azedos! Que viram costume. Torpor.

Sempre deste lado o incômodo. O asco. O repente impróprio e o inacabado encanto. Desejo de calar a madeira e a foice na madeira o pássaro no galho e o vento na folha. Calar o tempo. Reencontrar o frasco de risada e a criança perdida nas sombras. Pudera revirar futuros milenares e achar a escada. Que lança aos abismos. Indecisão de afetos. Pregada em cruz de vitral a minh’alma. Só quero uma manhã única. Egoísta! Perfeita! Um verbo açoitado. Ser escrava de faraó. Mas sou deste lado enganado. Desta árvore social quase sem vida. Deste ar rarefeito. Mata pelada. Erosão... e Deus perceberá que tudo não passou de um engano. Recreio dos anjos. Metáfora caída de um moleque vagabundo do Cosmos.

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