segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O peixinho dourado, idiota, ia e vinha. Sem saber que estava preso num aquário redondo e pequeno. As conchas estáticas eram observadas por meus olhos doentes. Pneumonia. Pudera! Fumei como doida a vida.
Amanheci querendo falar. Amanheci como sempre fui. Falante. Por sorte, sempre havia alguém por perto para me ouvir. Ouvir meu grito a abrir um caminho sob a terra, tal toupeira. O tempo inventado cada mais confluente nos meus dias. Um beijo me fez humana e insensata. Via cruzis! Cruxix! Cruzes! Vinho vermelho no meu sangue. Devedora de palavras. Estou com pneumonia. Pneuma de retratos passados. Faço de conta que a noite não virá. Bordo minhas letras neste papel de carta cor de rosa. Tirei este dia para ser vagabunda. Meu quimono de seda detonou tuas virgens japonesas. Eu aqui embriagada de Querubins.

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